quarta-feira, 1 de junho de 2011

Disparada


A motivação para esse post veio quando eu estava vendo esse esse vídeo no youtube. Desde que eu me entendo por gente eu gosto dessa música. E esse vídeo per si é sensacional. A vibração do público, a pegada da própria música, do Jair Rodrigues e o beiço de 1 Km dos pé-de-botas é, na minha opinião, de arrepiar.

Mas o post não é especificamente sobre esta música. O pensamento que me veio logo após foi: "O que aconteceu com a música brasileira"? Eu comecei a imaginar o que faz sucesso atualmente: Funk carioca pornográfico, sertanejo universitário e isso sem falar no "rock" colorido que aflorou recentemente. Como? Alguém me diz como, em 40/50 anos, o Brasil saiu de Tom Jobim, João Gilberto, Elis Regina e Chico Buarque. Para Mr Catra, Fernando e Sorocaba, Calypso e Restart. Puta que Pariu!

As vezes eu acho que o único ponto positivo da ditadura foi esse. A repressão leva o cérebro e as idéias do sujeito que pensa a ação, conseqüentemente transforma sua indignação com o sistema em uma produção cultural de qualidade. Essa pseudo-liberdade associada a uma percepção de permissividade que o país experimenta agora, gera uma latência difícil de desvencilhar. O que, para mim, reflete na produção cultural. Traduzindo: Tá foda!

Ps1: Marcus Menezes ouvindo Disparada: "Isso aí era o que a música sertaneja devia ter sido" - Concordo em gênero, número e grau.

Ps2: Música caipira e sertaneja NÃO são a mesma coisa.


Ps3: Se você esta pensando agora "gosto é igual cú, cada um tem o seu" ou coisa parecida, perceba o meu face palm e "senta lá Cláudia".  

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Era para fazer sentido?


Antes de mais nada é bom deixar claro que eu não tenho nenhum arcabouço moral para falar sobre esse assunto, já que eu nunca passei por isso antes. Mas as impressões que serão postas aqui são resultado de conversas que eu tive com um número razoável de pessoas (homens e mulheres).


O assunto proposto é relacionamento. Obviamente (espero eu) esse assunto será tratado do ponto de vista masculino, então, possíveis mulheres leitoras desse blog sintam-se a vontade para me contradizer.

Mulheres, vocês tem que entender  que a coisa que mais exaspera um homem numa discussão é quando a coisa sai do âmbito do racional e fica sem sentido, coisa que eu gosto de chamar de "passamento de mal" ou  qualifico a outra pessoa como "doida dentro da roupa". E, quando essa discussão se dá entre casais então, a coisa atinge limites inacreditáveis na minha escala de falta de noção.

Por exemplo: A mulher está lá, puta, com o beiço maior que língua de manicure. E o sujeito chega e pergunta: "O que aconteceu amor?". E vocês respondem: "Se você não sabe, não vou ser eu que vou te dizer". A primeira coisa que vem na cabeça do cara (podem ter certeza) é: "então quem é que vai me dizer filha de Deus". Dica: Se o sujeito não é um tremendo canalha filha da puta, ele REALMENTE quer saber o que está acontecendo. Se ele não percebeu o que tinha, fez, deixou de fazer ou reparar de errado, é porque nós homens, na imensa maioria das vezes, não temos a mesma inteligência emocional e capacidade de leitura corporal que vocês, mulheres, possuem. Ou seja, converse com o seu namorado, explique qual é o problema, resolvam-no e sejam felizes.

Outra coisa, é extremamente frustrante quando numa discussão vocês pagam de necromante. Traduzindo, vocês ressucitam coisas que aconteceram a milênios como argumento para o embate presente ( e ái de nós se a gente fizer o mesmo. Vocês ficam mais bravas que 50 siris dentro duma lata").

Nós homens não vivemos sem as mulheres (Fato), mas dá pra fazer um pouquinho, só um pouquinho mais de sentido. A casa agradece.


PS: O título do post foi roubado descaradamente do www.moinholabirinto.blogspot.com

terça-feira, 22 de março de 2011

O medo (in) oportuno


Recentemente o noticiário mundial está todo voltado para a tragédia que ocorre no Japão, o custo econômico gerado pelo terremoto seguido de tsunami a perda humana inestimável. Se você não é um completo alienado do mundo, provavelmente ouviu alguma coisa. Mas uma caraterística particular nesse terrível desastre me chamou a atenção. Foi o acidente nuclear em uma das usinas  do complexo de Fukushima.

Infelizmente a humanidade (principalmente os japoneses) teve seu primeiro contato com a energia nuclear da pior maneira possível, que foram as bombas de Hiroshima e Nagasaki. Dado o cenário geopolítico da época, não havia pior momento para o homem descobrir o poderio nuclear. E isso deixou uma marca horrorosa na imagem da energia nuclear, que permanece até hoje, apesar de estar mudando aos poucos.

Mas a oportunidade faz ladrão como diz o ditado. Com o acidente no Japão inúmeros, políticos, personalidades, ambientalistas malucos e pessoas em geral que, na maioria das vezes, ou não entendem o popular "porra nenhuma", ou estão se aproveitando do desastre para ganhar mídia, se levantam urrando contra a energia nuclear como se ela fosse o anticristo encarnado. Elas só esquecem de pequenos detalhes quando fazem suas críticas.

Então vamos aos míticos fatos: O Japão, como qualquer país, precisa de ENERGIA. Mas não como qualquer país, ele é a 3ª maior economia do mundo, ele precisa de muita energia. "Mas existem outras opções" os críticos dizem. Vamos a elas: 

Hidrelétricas: o Japão é formado por quatro ilhas principais e, aproximadamente três mil ilhas secundárias sem nenhum potencial hídrico. Além do mais um país com um extensão territorial de 372 mil Km² e com a população de aproximadamente 130 milhões de pessoas, obviamente, espaço para  represas é o que não falta.

Termoelétricas: Isso, ode a queima de carvão e ao monóxido de carbono. Pelo menos agora os japoneses vão ter um real motivo para usar aquelas máscaras médicas.

Biomassa: Só se já inventaram algum aparelho ultra tecnológico biólogico para se queimar, ou descobriram que Pokémons são reais e finalmente vamos ter a oportunidade de pegá-los, matá-los e ainda ajudar a nação.

Energia solar, eólica e afins: "risos contidos que se transformam em gargalhadas histéricas"

Em fim, a energia nuclear é limpa, barata, e atende as necessidades do Japão como nenhum outro tipo de energia pode fazer. Então aos bichos-grilos ambientalistas malucos e pessoas desavisadas de plantão, vocês podem até ser contra a energia nuclear, mas apresentem uma alternativa crível junto, beleza?

É claro que o que ocorreu no Japão é muito sério e precisa ser corrigido. E as lições tiradas deste acidente devem ser aproveitadas pelo mundo todo para que tais acidentes não ocorram mais, ou que, pelo menos, possam ser controlados a tempo de haver um vazamento significativo de radiação.

Uma última palavra em defesa das usinas: ela sofreu com um terremoto de 9 graus... 9 graus na escala richter (fora os aftershocks), uma tsunami com ondas que chegaram a 10 metros, além de quatro explosões que ocorreram nos dias seguintes ao desastre principal. E só no quarto dia houve um vazamento suficientemente grande para que a população do local precisasse ser evacuada (coisa que já havia ocorrido). Agora imagina uma situação semelhante em uma barragem de uma hidrelétrica... A única coisa que eu sei é que não se teria 4 dias para a evacuação. 

 

 

quarta-feira, 2 de março de 2011

The Same Old Bullshit

Eu tenho preguiça, muita preguiça. Eu estudei a maior parte da minha vida no mesmo colégio, no interior do glorioso estado das Minas Gerais. E já na minha adolescência eu tinha uma vaga idéia que em alguns momentos a realidade que eu vivia era semelhante a da famigerada novela teen da Globo "Malhação", com suas intriguinhas adolescentes, e isso já me cansava um absurdo. Hoje, fazendo uma análise mais madura, vejo que não éramos tão estúpidos, mas éramos igualmente infantis.

O que motiva este post é uma situação ocorrida no setor onde eu trabalho. Nos últimos dias foi noticiado na grande imprensa um "vazamento" de uma biografia/obituário do Sarney produzido pela Rádio Senado. Para quem não sabe, esse tipo de material é comum em qualquer meio de comunicação que se preze, dada  à necessidade de rapidez e qualidade na transmissão da informação. Ou seja, todas as personalidades públicas mais velhas e(ou) que estejam doentes (ex: Sarney, Silvio Santos, José Alencar, Chico Anísio) tem a sua biografia/obituário prontos. Obviamente esse é um assunto delicado e é tratado pelos meios de comunicação com discrição para não causar um constrangimento como o que ocorreu.

O que nos remete ao acontecido. A despeito do que foi veiculado pela grande imprensa, eis o ocorrido: 

Recentemente a Rádio Senado mudou o seu diretor, e tal mudança foi muito conturbada e resultou numa série de arestas e inimizades dentro do setor. Não vou discutir o mérito da confusão, nem fazer um juízo de valor de quem estava certo ou errado. Cada lado tem seu ponto de vista e suas razões. Traduzindo: eles que são servidores que se entendam, eu sou só um orelha terceirizado.

Mas alguém vazou o obituário e ele ou ela, tinha um objetivo com isso. Aliado a mudança recente de legislatura que deixa todos os diretores da Casa meio na corda bamba, eu só posso imaginar o porque do vazamento...

Eu sempre trabalhei com servidores íntegros e comprometidos com a melhoria do serviço público. E sou capaz de afirmar que a grande maioria dos servidores da Rádio seguem as mesmas características. Mas, ao que se percebe, infelizmente, um deles não.

O que me leva ao início do post. Eu tenho preguiça, muita preguiça. Esse tipo de acontecimento só me leva a crer que a evolução mental de muitos (se não a maioria) dos indivíduos desse mundo cão só vai até os treze anos. E eu volto aos tempos de colégio em um déjà vu insano. E acabo pensando que vivemos numa grande paródia de Malhação, aonde a única coisa que muda são as dimensões das intrigas. Mas a estupidez e a infantilidade continuam a mesma. 

  




quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Esperança


Eu sempre gostei dessa palavra. Acho ela bonita, sonora e levemente imponente. Assim como úlcera. Mas, no entanto, em se tratando da semântica da palavra Esperança tem muito mais significado no campo abstrato e perceptivo.


Este post foi inspirado em uma notícia enviada pelo Mr. Black ( http://moinholabirinto.blogspot.com/), um grande amigo meu. A notícia falava sobre a crise no Egito e como manifestantes cristãos criaram um cordão de proteção, com os próprios corpos, para proteger os seus companheiros muçulmanos durante a oração para Meca. E fiquei igualmente surpreso ao saber que o inverso também tinha ocorrido em outra situação.

Eu sou uma pessoa que nutre Esperança para muitas coisas, mas, em geral, a humanidade não é uma delas. Na verdade pelo rumo que o ser humano dá aos acontecimentos, eu sempre achei que o futuro da humanidade era mais negro que uma poça de piche.

No entanto, muito raramente, geralmente em situações muito específicas este mesmo ser humano é capaz de atos realmente magníficos. O que desperta uma centelha, mesmo que ínfima, nas pessoas céticas (como eu), mas isso muitas vezes é mais do que o suficiente para Esperança.

"O Homem desperta o melhor de si nas piores situações"



Isso já tá ficando chato e repetitivo, mas foda-se: vamos aos ps's.


PS1: link da matéria, infelizmente para os desafortunados está em Inglês http://bit.ly/dFiKt4

PS2: Talvez (não creio) meus post's tenham um tom meio "diferente" do usual (como este).

PS3: Feelings and doubts

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Back to the world of proletário


        E estou de volta da maior ilusão do proletariado, as férias. O período de "descanso" ao qual todo trabalhador celetista tem direito para não pirar o cabeção com o a rotina do emprego, serviço, ou seja lá o que for. Mas voltando à vaca fria, minhas férias foram boas. Não fiz nada de mais, mas curti muito a companhia dos meus amigos e relembrei a época em que eu não tinha absolutamente nada pra fazer. 


        Dizem que o ócio (para quem trabalha) dá nos nervos. Se tal mal existe, com certeza eu não fui acometido por ele. Ficaria mais 30 dias de férias numa boa. Quem sabe até seria bom, e eu conseguiria provar que o mal citado, causado pelo ócio, de fato existe. Mas eu não estou mais de férias, então vamos aos pontos positivos e negativos do período.

          Pontos negativos: Eu, na minha vã ilusão de superar a minha preguiça e inércia, fiz algumas pequenas proposições para minhas férias. Agora ao fazer o check list descobri, para minha grande surpresa, que de todas as proposições eu realizei impressionantes, castrofíticas e hecatombísticas.... nenhuma. E isso me frustra, parece que eu estou sempre esperando alguma coisa e isso me dá nos nervos. Outra coisa é um grande amigo que também entrou de férias no mesmo período que o meu (e ainda está de férias), mas entocou-se em sua própria residência e só sai de lá em eventos cósmicos transcendentais, que envolvem um anão, uma puta tailandesa, um pote de KY e uma piscina cheia de vaselina coroada por uma sessão BDSM de bicuda. Em fim, o vi muito menos do que queria.    

          Pontos positivos: Sendo sucinto: Amigos, uma pessoa que eu tive o prazer de desenvolver uma simpatia bem razoável, pessoas que eram apenas conhecidos e hoje estão mais próximas e são gente boa. A volta da Natália (Ré). E, novas pessoas, das quais eu destaco a Cecília que é gente finíssima. Um destaque valoroso foi a descoberta da "pedreira". Que é simplesmente um lugar com água (muita água) empoçada, aonde a gente nada e vê os malucos(as) pularem de uma altura de mais ou menos 8 metros, nada de mais, mas muito divertido. 

PS: Vai dar merda

PS2: I have to think about something

PS3: Algumas coincidências me irritam sobremaneira. 

sábado, 8 de janeiro de 2011

Good Fiestas


Post atrasado para "carálheo", mas vamos lá:

Haaaa, as festas de fim de ano... Eu particularmente adoro.

Natal: EU gosto do Natal. Apesar de que uma quantidade cada vez maior de bichos-grilo berrem suas ideologias de boteco contra "a festa capitalista por excelência" e cantem a plenos pulmões "Papai Noel Filho da Puta" em suas ceias regadas a álcool e muita comida, EU gosto do Natal. Assumo que grande parte da magia que envolve essa época quando se é criança, de fato, não existe mais.

No entanto, com o passar do tempo, você passa a apreciar outras coisas com mais intensidade. Como, no meu caso, as reuniões em família. E o fato das pessoas se tratarem um pouco melhor nesta época do ano. Eu realmente me sinto bem, por mais raros que sejam esses eventos, quando um completo desconhecido me deseja um feliz Natal. Ou quando um atende de uma loja faz o mesmo, e você sente que que de fato ele está te desejando um feliz Natal e não um comprimento ensaiado por ordem da empresa. Por mais que algumas pessoas acusem e tomem tais gentilezas como puro artificialismo, eu acho tais artifícios válidos. Mesmo que sejam por uma breve época do ano.

Ano Novo, dito Reveillon: as festas de ano novo tem rendido agradáveis surpresas (e muita louça pra lavar) nos últimos anos para mim. O fato de eu passar o reveillon com meus amigos, coisa que eu nunca fiz na minha infância e adolescência por questões de logística, me deram uma nova noção de comemoração. Em fim, esbórnia, bebedeira, comida (micalatéia) cozinhada pelo mestre Jehsse (que se tornou um excelente Chef (ui!) aliás) e muita risada. A muito o que dizer sobre reveillon, principalmente sobre este último que está mais fresco na memória, mas só faria sentido para quem esteve lá. A todos um feliz ano novo, e, como diz mestre Tico: "Que 2011 seja um orgasmo ininterrupto".


PS: "Fica de boa aí que o jogo não acabou ainda não."


Ps2: Estou de férias, por isso as postagens aqui no Ironiahermética podem ficar um pouco irregulares até fevereiro.